Lisboa |
Cónego Rui Pedro Carvalho, secretário do Sínodo Diocesano de Lisboa
“Fazer memória agradecida do Sínodo”
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O secretário do Sínodo Diocesano de Lisboa convida à “participação de todos” no processo de avaliação que o Patriarcado iniciou esta semana e que vai “lançar a diocese para o futuro”. Em entrevista ao Jornal VOZ DA VERDADE, o cónego Rui Pedro Carvalho explica as várias etapas do processo de avaliação e pede orações por este momento.

 

O Patriarcado de Lisboa iniciou o processo de avaliação do Sínodo Diocesano. Como apresenta esta fase?

Esta é a fase da avaliação da receção da Constituição Sinodal de Lisboa. Nós tivemos a Constituição Sinodal que nos lançou para quatro anos – foi uma receção a três anos, mas prolongada pela pandemia –, e agora, nesta fase, estamos num processo de avaliação. O objetivo desta avaliação é olhar para trás e fazer uma memória agradecida. Agradecer a Deus este caminho percorrido, sabendo e confiando que é o Espírito Santo quem nos conduz, e, por isso, olhar para trás para celebrar, para agradecer o caminho percorrido. Ao mesmo tempo, esta avaliação lança-nos também para o futuro, no sentido de, olhando para trás, perceber para onde é que o Espírito Santo agora nos lança.

 

Quais as etapas deste processo de avaliação?

Desde que começámos a pensar nestes três anos de receção sinodal, pensámos que seria útil haver um ponto de chegada, um ponto de avaliação, para que as coisas não ficassem no ar. É bom, de vez em quando, parar. Portanto, pensou-se numa Assembleia Diocesana de Avaliação, mas, para se chegar lá, pensámos que seria importante, antes disso, haver etapas preparatórias para a assembleia, para que ela possa ser, também, mais rica. A primeira coisa que pensámos é que seja um momento de oração e de reflexão. Nesta primeira etapa, há uma proposta de oração e também de reflexão pessoal e em grupo, a ser realizada nas paróquias, no fundo para revisitar tudo aquilo que foi o caminho do Sínodo, muito em concreto, também, na realidade de cada comunidade. Não estamos a avaliar só o caminho da diocese, mas também cada comunidade e a forma como, eu, membro da comunidade, fui recebendo estes desafios que a Igreja me convidava e me lançava.

Na segunda etapa, há um inquérito [ver caixa], para ser respondido pessoalmente, para nos ajudar também a ter dados mais concretos. O inquérito está disponível desde o passado dia 27 de abril até 16 de maio, e vai passar pelos quatro anos de caminhada sinodal, por aquilo que era o número transversal, mais direcionado para a comunidade e a construção de redes de relações fraternas. Depois, tem uma parte sobre a Palavra e a liturgia e, finalmente, sobre a caridade.

Este inquérito é uma oportunidade de todas as pessoas responderem, para que tenhamos mais acesso ao olhar de todos sobre o percurso percorrido, e vai-nos dar dados, com que iremos fazer um documento de trabalho, no fundo que seja o avaliar de todos – porque aqui, também, se continua o caminho sinodal, neste percurso de avaliação. Este documento de trabalho vai servir, então, de base à Assembleia Diocesana de Avaliação, ou seja, ao chegarmos à assembleia já temos uma base, já estamos enriquecidos com uma reflexão de toda a diocese.

 

De que forma vai decorrer a Assembleia Diocesana de Avaliação?

A Assembleia Diocesana de Avaliação é a terceira etapa processo de avaliação da receção do Sínodo e tem como objetivo trazer um documento final para a vida de diocese. No fundo, é a conclusão, não do Sínodo, nem da Constituição Sinodal de Lisboa, porque essa pretende-se que continue a inspirar a vida da nossa diocese, mas será um documento final que, de alguma maneira, seja um marco que encerra esta etapa de receção destes três anos da Constituição Sinodal de Lisboa.

A assembleia vai decorrer nos dias 18 e 19 de junho, no Centro Diocesano de Espiritualidade, no Turcifal. O primeiro dia, na sexta-feira à noite, será um tempo de revisitar o caminho percorrido, através de partilhas de boas práticas que foram acontecendo ao longo do Sínodo. Após a Missa de abertura e o jantar, haverá este painel, com quatro exemplos de boas práticas, do que foi acontecendo ao longo da receção. No sábado, teremos trabalho de grupos a partir do documento de trabalho, com melhorias, com sugestões, com propostas, e depois, da parte da tarde, haverá um tempo de intervenções livres, a apresentação do documento final e, provavelmente, haverá também um tempo para se lançar a próxima etapa da vida da diocese. A Assembleia Diocesana de Avaliação termina com a Eucaristia, no final da tarde.

 

Que mensagem gostaria de deixar aos cristãos de Lisboa?

Deixo um apelo a que participem neste processo de avaliação. No fundo, o caminho sinodal continua, este caminhar em conjunto, e se o foi ao longo de todo este processo sinodal, também a avaliação é importante que continue com a participação de todos, porque também é a participação de todos que constrói a Igreja. O meu convite é que as pessoas participem, quer através da oração, quer através da reflexão, com o preenchimento do inquérito, com o visionamento do documentário e depois, também, ao longo da Assembleia Diocesana de Avaliação acompanharem os que participarem, porque os que não participam diretamente estão representados através de outros e, portanto, acompanharão pela oração e através dos meios de comunicação. A minha grande mensagem é que vivamos este tempo de agradecer a Deus todo este caminho percorrido. 

 

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Avaliar o Sínodo Diocesano até dia 16 de maio

A Comissão do Sínodo Diocesano de Lisboa publicou, online, o questionário de avaliação, que vai procurar “verificar em que medida as nossas comunidades cristãs viveram e puseram em prática a Constituição Sinodal de Lisboa”. O questionário é de preenchimento individual e está disponível, até dia 16 de maio, através do link: http://bit.ly/QuestionarioCSL.

Os resultados destes questionários vão servir de base à reflexão proposta à Assembleia Diocesana de Avaliação da receção do Sínodo, que vai decorrer a 18 e 19 de junho. “O questionário consta de cinco partes, uma de caráter introdutório; as restantes, referentes a cada um dos âmbitos trabalhados ao longo de cada um dos anos, bem como ao objetivo transversal (Palavra de Deus, Liturgia, Caridade e Edificação Comunitária)”, informa o secretariado do Sínodo de Lisboa.

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