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Cáritas de Lisboa
Servindo por Amor
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Quando perguntaram a Santa Madre Teresa de Calcutá qual a motivação para o seu trabalho e esforço, ela respondeu: “Precisamos dos olhos de uma fé profunda para ver Cristo nos corpos mutilados e nas roupas sujas.”

Este é o centro da identidade da Cáritas Diocesana de Lisboa: procuramos direcionar sempre a nossa ação para acolher, escutar e dar resposta às necessidades das pessoas em situação de maior fragilidade. A nossa natureza está enraizada na ‘cultura do encontro’, indicada pelo Papa Francisco, no início do seu pontificado.

Este encontro com aqueles que são “o retrato de Deus sem moldura”, como dizia Santa Paula Frassinetti, implica uma relação de proximidade, encaminhando e ajudando a construir toda a rede de apoio e, ao mesmo tempo, estando atento às causas.

Ou, como nos lembra o Papa Francisco, “é querer viver com o coração de Deus, que não nos pede para ter pelos pobres um amor genérico (...) mas encontrar neles Ele mesmo”, salientando ainda que “não é possível ajudar os pobres, se aproximar dos pobres com distância. É preciso tocar, tocar as chagas.”

 

Cáritas transformadora

Os gravíssimos problemas socioeconómicos que a pandemia nos trouxe destacam muito este comprometimento em sermos ‘Igreja em saída’. O incessante apelo de ‘sair com Cristo ao encontro de todas as periferias’, que nos move ao encontro da pessoa em situação sem-abrigo, da pessoa idosa isolada, da pessoa migrante, da família em situação de carência extrema, da criança ou jovem em situação de maior vulnerabilidade, de modo a sermos testemunho inequívoco da ternura de Deus.

Uma Cáritas transformadora, onde a competência profissional, que é requisito fundamental, é humanizada. Aliado ao cuidado tecnicamente adequado, as pessoas precisam de relação, de pertença, de inclusão. Precisam de atenção sincera, dedicação e tempo de qualidade. Precisam que cada técnico e cada voluntário, se coloque radicalmente ao serviço e dê um pouco de si mesmo, da sua história, da sua experiência, competências e talentos.

“Somos chamados a encontrar Cristo nelas, a emprestar a nossa voz às suas causas, mas também a ser seus amigos, a ouvi-los, a falar por eles e a aceitar a sabedoria misteriosa que Deus pretende partilhar connosco, através deles.” (Evangelli Gaudium, 198)

Quando nos fazemos próximos, quando vemos Cristo no outro e o sentimos como irmão, extrapolamos os nossos limites sem acepções ou julgamentos. A proximidade com a pessoa dá-nos a oportunidade de reconhecer a sua riqueza. De passarmos do ‘eles’ para o ‘nós’.

Neste caminho de amor e de serviço, conhecemos histórias de vida muito diferentes, procurando a inclusão e valorização de cada pessoa. Ou, nas palavras de D. José Tolentino Mendonça: “Não temos de ter medo da diferença, mas temos de sentir uma sedução pelo ponto de vista diferente, pelo que olha o mundo a partir de outro humor, outro olhar, de outro conhecimento, porque ganhamos sempre com o encontro, com o conhecimento.”

 

A pessoa no centro

A Cáritas Diocesana de Lisboa coloca a pessoa no centro do processo de desenvolvimento. Uma resposta humana e abrangente que tem em consideração o bem-estar da pessoa em sete dimensões: social, laboral, ecológica, política, económica, cultural e espiritual. Estas dimensões sustentam uma abordagem que estimula o desenvolvimento integral de cada homem ou mulher.

As linhas de orientação que norteiam a intervenção da CDL passam ainda pela disponibilidade para “formar, acompanhar, estimular o voluntariado cristão de proximidade”, como refere o presidente da Cáritas Lisboa, Luís Macieira Fragoso, salientado ainda a nossa vocação “a encorajar, a acompanhar e a potenciar” o trabalho das Paróquias e instituições eclesiais, através da formação e de ações de sensibilização e apoio.

Ou seja, para além da intervenção direta, disseminamos o conhecimento e multiplicamos a resposta da Igreja no terreno, através das Paróquias, Grupos Paroquiais de Ação Social e Centros Paroquiais da Diocese de Lisboa e em articulação com outras entidades, promovendo uma colaboração integradora e potenciando a sua missão.

Quer seja através do Gabinete de Ação Social, do Lar da Bafureira, do Centro Local de Apoio a Integração de Migrantes em Cascais ou do programa de capacitação dos agentes sociais na área das migrações (LIGAR), procuramos ter um olhar atento sobre a realidade e um conhecimento aprofundado sobre os problemas sociais e, com base numa reflexão crítica, implementar respostas que não perpetuam dependências, mas promovem a inclusão e valorização de cada um.

Como afirma o Santo Padre, devemos garantir, de modo eficiente e estável, que todos sejam acompanhados no percurso da sua vida, não apenas para assegurar as suas necessidades básicas, mas para que possam dar o melhor de si mesmos.” (Fratelli Tutti, 110). Para que ninguém seja excluído ou fique para trás, para que os ‘últimos’ se tornem protagonistas da sua própria vida, a partir da sua própria riqueza.

Em cada vida que tocamos e que nos toca, procuramos ter sempre presente o nosso lema de 'Fazer bem, o Bem, a quem mais precisa’, respondendo simultaneamente à questão imperativa para todo o cristão: Para que servimos, se não servimos.

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