Editorial |
P. Nuno Rosário Fernandes
A Igreja somos todos
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Esta sexta-feira, 16 de julho, deverá ter sido publicado o decreto de nomeações do Bispo de Lisboa, o Cardeal-Patriarca D. Manuel Clemente, com as novas funções do clero para a diocese. Desde a tomada de posse de D. Manuel Clemente, em 2013, tornou-se quase um ritual a publicação dos novos destinos geográficos, e não só, dos padres e diáconos ao serviço no Patriarcado de Lisboa no dia do seu aniversário natalício e dia de Nossa Senhora do Carmo. Normalmente, são as primeiras nomeações dos novos padres ordenados, e as mudanças de outros, de paróquias e vários serviços diocesanos. Este ‘ritual’ faz perceber que, em primeiro lugar, o padre e o diácono são servos, e por isso colocam-se ao serviço da Igreja, governada pelo seu pastor local, o Bispo diocesano.

No ritual da ordenação, aquele que recebe o Sacramento da Ordem faz solenemente promessa de reverência e obediência ao seu Bispo e aos seus sucessores, no caso do clero secular, e também aos legítimos superiores, no caso de clero religioso. Isto significa que deve haver uma disponibilidade, não apenas interior, mas efetiva para cumprir o que é pedido pelo Bispo, também no que são os serviços para os quais é chamado. Por vezes, as nomeações podem ser incompreendidas pelo povo quando este se sente muito ligado a um determinado pastor, mas é importante perceber que o padre é ordenado para a Igreja, e a Igreja tem muitos lugares onde o padre pode ser chamado a servir. A missão do padre é levar as pessoas até Jesus Cristo e é esse mesmo Cristo que o padre é chamado a anunciar com a entrega da sua vida. Não o faz para atrair as pessoas até ele, mas por ele o povo chega até Cristo. Cada um tem a sua personalidade, o seu modo de fazer e de agir, mas em cada um, pelo sacramento recebido, está o mesmo Cristo presente.  Por isso, quando há mudanças, o sentimento presente deve ser sempre o mesmo: dar graças a Deus pela missão realizada e disponibilidade para acolher e ajudar na missão que continua, com cada um. Cada vez mais é preciso que os leigos sintam a sua responsabilidade na missão da Igreja, fazendo caminho sinodal, isto é, em conjunto, porque a Igreja somos todos.

 

Editorial, pelo P. Nuno Rosário Fernandes, diretor

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