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Isilda Pegado
“A Caminhada pela Vida”: Aborto, Eutanásia – Não!
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1. Está já anunciado na Comunicação Social que deram entrada no Parlamento dois projectos de Lei para ampliar os prazos para a prática do Aborto. Aborto até às 16 semanas de vida! Trata-se de mais uma iniciativa fraturante e mais um passo no sentido da “civilização da morte”.
2. Desde 2007 que Portugal, todos os anos, assiste aos trágicos números de cerca de 15.000 abortos praticados nos termos da Lei. Para não se falar nos abortos feitos fora do sistema público de saúde e os abortos clandestinos.
Por ano, deixam de nascer em Portugal mais de 15.000 pessoas. Por ano, mais de 15.000 mulheres são “levadas” para este flagelo, sem que lhes tenha sido dada a oportunidade de suprir as suas dificuldades com meios alternativos e apoios. Em cada ano, há 15.000 crianças que deixam de encher as nossas Creches ou o 1.º ano de escolaridade. Quantos jovens licenciados deixam de poder dar aulas, porque não há crianças? Quantas ruas das nossas cidades, vilas ou aldeias estão já sem crianças?
Estamos a ver definhar um País, uma cultura e uma forma de vida. Por falta de pessoas que continuem este caminho.
3.Além disso, cada um de nós saberá identificar a tristeza com que viu, algum dia, uma pessoa que lhe é próxima ter feito um aborto. E sabemos que em geral essa pessoa fica “marcada” com uma dor enorme por não ter sido capaz de acolher aquele filho. Sem rodeios… ninguém fica indiferente ao aborto. Vir agora alargar o prazo para a prática do Aborto é seguramente mais um acto de cegueira ideológica, de destruição e de pobreza na Sociedade e no País.
4. Porém, a cegueira ideológica tem imperado, e o comodismo… ou simplesmente o conformismo também! É preciso reagir. Não há Portugal sem Portugueses, não há Europa sem Europeus.
5. Desde há muito que saímos à Rua para A Caminhada pela Vida. Fazemo-la para afirmar o valor de todas as Vidas Humanas, o Valor da Família e para defender a Sociedade Humanista a Identidade Europeia – a Liberdade. Tal como por toda a Europa e em muitas outras partes do mundo se defende publicamente estes valores em Caminhadas de grande projeção cívica.
6. Durante anos A Caminhada pela Vida era feita apenas em Lisboa. A partir de 2017 surgiram mais cidades que também fazem A Caminhada.
Este ano, serão 10 cidades a fazer A Caminhada – Aveiro, Braga, Coimbra, Évora, Funchal, Guarda, Lisboa, Porto, Santarém e Viseu.
Será um grande evento Nacional onde se mostra que há um País apostado em defender a Vida, em defender a Família, a Liberdade e esta Civilização do Amor..
O entusiasmo que A Caminhada pela Vida já está a provocar nas centenas de pessoas que a organizam em cada cidade, é por si só uma valia.
7. Mas, é preciso mais. É tempo de percebermos o quanto temos para dar às futuras gerações, o quanto devemos transmitir em prol de uma Civilização onde todas as Vidas Humanas são dignas e têm o Direito à Vida. Nem Aborto nem Eutanásia.
Há uma responsabilidade pessoal que muitas vezes nos levam a fazer a pergunta – O que posso fazer? Outras vezes, entendemos que, o proposto não será o melhor… talvez seja assim! Mas sem críticas destrutivas reconhecemos que é preciso fazer, agir, estar presente e publicamente defender o que de melhor temos no nosso mundo – A Vida Humana.
8. Por isso ir, estar na Caminhada pela Vida no dia 23 de Outubro é saber viver nesta época, é um acto de Civilização, um acto de Amor, é um tributo a todos os que não puderam nascer, é um passo dado para construir um País melhor e para defender as mulheres/mães que precisam de ajuda.
Não ficamos em casa, não nos resignamos, não contribuímos para a tremenda injustiça que é o Aborto e dizemos NÃO a qualquer iniciativa que pretenda aumentar o Aborto ou fazer aprovar a Eutanásia.
No dia 23 de Outubro, com muita coragem e Esperança saímos à Rua para A Caminhada pela Vida na sua, 10.ª Edição e em 10 cidades do País.
Vamos!
foto por Caminhada pela Vida