Na Tua Palavra |
D. Nuno Brás
Repensar Portugal
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Estou convencido de que muitas das medidas que nos foram impostas pela “Troika” resultaram simplesmente de uma má imagem que detínhamos junto da maioria dos governantes internacionais (e mesmo dos cidadãos dos seus respetivos países). Talvez por isso muitas dessas medidas se mostraram simplesmente inúteis: tratava-se, apenas, de fazer “vergar” os portugueses, de os “educar”, mais que retirar daí resultados financeiros significativos, pelo menos a curto prazo. Contudo, era desse modo que do estrangeiro olhavam (e olham) para nós, e nestes anos que passaram, necessitados que estamos da sua ajuda, não tivemos outra solução a não ser deixar que assim sucedesse.

Agora que a economia parece querer dar-nos algum otimismo (sem nos deixar nunca abrandar a vigilância, mas antes continuando a convidar-nos à sobriedade de vida e, sobretudo, sem nos autorizar o sonho de acreditar que regressámos ao patamar dos mais ricos países do mundo), importa pensar em reconstruir o tecido social do nosso país que, à conta de ser destruído em nome de “decisões fraturantes” que nos fariam viver a par dos mais “evoluídos do mundo”, se encontra quase completamente desfeito.

Não se trata simplesmente de retomar uma vida anterior, como se nada tivesse acontecido (tarefa impossível tanto quanto indesejável), mas antes de nos interrogarmos o que queremos ser como sociedade: como queremos habitar neste país, e como queremos, realisticamente, que ele possa ser encarado a partir de fora. É uma tarefa gigantesca, é certo, e que está longe de constituir apenas algo que dependa exclusivamente de nós, integrados que estamos nesta “Europa”. Mas isso não significa que não o devamos fazer - até como contributo para a própria sociedade europeia.

E uma sociedade começa a reconstruir-se pela realidade que se encontra na sua raiz: a família, única a poder dar a cada indivíduo a sua percepção de “pessoa”, com toda a sua dignidade e em todas as suas dimensões. Querer refazer Portugal a partir de indivíduos egoístas é, simplesmente, voltar a insistir na realidade que causou todo o desmoronamento de que ainda estamos a viver os efeitos.

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