Lisboa |
Tomada de posse do título cardinalício
“Ninguém desista do Reino que em cada um cresce, se crescer com Cristo”
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O Cardeal-Patriarca de Lisboa tomou posse do título cardinalício que o Papa Francisco lhe atribuiu, na igreja de Santo António dos Portugueses, em Roma, convidando os cristãos a não desistirem do Reino de Deus na terra.

 

“É na própria vida de cada um de nós que podemos e devemos verificar a realidade deste dinamismo divino, como o Batismo inaugurou. Pois, sendo verdadeiro o dito de que «o coração humano é um campo de batalha», tantas são as lutas que aí se travam entre bons desejos e propósitos e não poucas tentações e desistências, melhor é acreditar que a pequena semente do Reino só precisa de um pouco de terra para começar a crescer. Um pouco mais de escuta da Palavra, um pouco mais de correspondência à Graça, um pouco mais de atenção aos Pobres, aos doentes, a todos os fragilizados e carentes que nos procurem, ou procuremos nós… Um pouco mais para começar, rumo a um tudo de plena caridade, de largos ramos onde todos se abriguem. Ninguém desista do Reino que em cada um cresce, se crescer com Cristo”, apelou D. Manuel Clemente, nesta celebração no passado Domingo, 14 de junho.

Na presença do embaixador de Portugal junto da Santa Sé, António Almeida Ribeiro, o Cardeal-Patriarca refletiu sobre o Reino de Deus. “Dois mil anos de Reino a crescer demonstram sem lugar para dúvidas que Deus está connosco como esteve na vida de Jesus – e nunca doutro modo, que pudéssemos preferir. Não faltam nos Evangelhos alusões a propostas mais expeditas, que Ele rejeitou. Não quis ser mais um rei à maneira deste mundo, não lançou mão à espada que lhe ofereceram, deixou para o Pai a decisão do fim… É bem nesta terra que o Reino cresce, assim como ela é, para que a tristeza e angústia se transformem em alegria e esperança. É bem nesta terra e por vezes escondido nela, que o Reino avança nos corações para se manifestar nas vidas, essencial e forte. Tem por único penhor o Espírito de Cristo, nova criação do mundo”, sublinhou. “Sejamos como esta igreja de Santo António é na Urbe. Algo discreta numa rua estreita, surpreendente depois na harmonia das formas, na transfiguração das luzes e na beleza do som – quando se celebra a Liturgia, quando toca o órgão, quando acolhe tão bem. Assim mesmo se assinala o Reino, cuja singeleza é plena de luz e de paz, para quem chega de longe, para quem busca ao perto. Não tem fronteiras a caridade de Deus!”, garantiu.

Nesta celebração em que ficou vinculado, “também deste modo, à Igreja de Roma”, o Cardeal-Patriarca recordou a figura de Santo António. “Título que, sendo de “Santo António”, nos evoca o mais universal dos nossos santos, trazendo de Lisboa a Itália o mesmo Evangelho que lá nos chegara em sentido inverso, tantos séculos antes”. D. Manuel Clemente lembrou, igualmente, o seu antecessor à frente da Diocese de Lisboa: “Não posso olvidar o meu estimado antecessor e primeiro detentor deste título, o Cardeal-Patriarca D. José da Cruz Policarpo, que Deus chamou a Si e por cujo eterno descanso celebro especialmente esta Santa Missa”.

fotos por Instituto Português de Santo António em Roma
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