Lisboa |
Obras de Misericórdia. Apontamentos Catequéticos #6
Sofrer com paciência as fraquezas do nosso próximo. Rogar a Deus por vivos e defuntos.
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Sofrer com paciência as fraquezas do nosso próximo e rogar a Deus por vivos e defuntos. São as duas últimas obras de misericórdia espirituais e que nos acompanham, ainda, nesta Quaresma que estamos a viver, 2016, e não são assim tão desiguais estas duas obras de misericórdia.

Sofrer com paciência as fraquezas do nosso próximo significa não desistir deles, não desistir de ninguém. Pois, com certeza, as pessoas não correspondem àquilo que nós estávamos à espera, não são gratas como nós esperaríamos que fossem por algum bem que lhe tivermos feito, as pessoas ficam muito aquém das nossas expectativas, não cumprem as suas promessas, que tantas vezes fizeram… sofrer com paciência as fraquezas do nosso próximo, mas como é que Deus nos sofre a nós se não com uma infinita paciência? Como é que Deus está disponível para continuar connosco, mesmo quando nós não estamos assim tão prontos para continuar com Ele, no dia-a-dia e na obediência concreta aos seus mandamentos. Pois bem, sofrer com paciência as fraquezas do nosso próximo, porque a paciência é o nome do amor. A paciência é um amor que perdura, é um amor que não se resume a pequenos momentos de afeto quando as coisas parecem tão boas, e até tão maravilhosas, mas no dia-a-dia das dificuldades que nós nunca deixamos de apresentar em relação aos outros – por vezes, até, em relação a nós próprios… às vezes, até, para connosco temos de ser pacientes, no sentido de não desistir de melhorar. Sofrer com paciência as fraquezas do nosso próximo.

E a última obra de misericórdia, de rogar a Deus por vivos e defuntos, acaba por ser coincidente, porque para nós sofrermos com paciência as fraquezas do próximo então temos que sofrê-las, digamos assim, como Deus as sofre. E isso é só a oração que permite, isto é, amá-los com um amor que não é basicamente nosso mas é aquela caridade que o Espírito Santo infunde nos nossos corações, como diz São Paulo. E então, quando nós estamos a rezar pelos outros, estamos a rezar para que, enfim, vão por diante, para que corrijam o que tiverem a corrigir, para que sejam melhores como nós todos havemos de ser, mas só com a graça de Deus o podemos alcançar. E por vivos e defuntos, porque nós acreditamos que a caminhada humana não acaba quando desaparece na terra. Porque mesmo diante de Deus há uma purificação a fazer para que o coração de cada um se dilate na misericórdia divina. E nós continuamos com eles, e não desistimos de ninguém. Por isso, rogar a Deus por vivos e defuntos é manifestar que nós estamos numa solidariedade que nada, nem nenhuma circunstância, interrompe.

E com isto, nós passámos, ao longo desta Quaresma, em pequenos apontamentos de Domingo, por estas obras de misericórdia, que são, nas suas 14 expressões, afinal de contas, a expressão da única realidade que é o amor divino, a que cada Quaresma nos deve converter.

 

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Agradecimento da Comunidade Vida e Paz à Diocese de Lisboa

Com muita gratidão

 

A Comunidade Vida e Paz – Organização do Patriarcado de Lisboa – cuja missão é “ir ao encontro e acolher pessoas em condição de sem-abrigo, ou em situação de vulnerabilidade social, ajudando-as a recuperar a sua dignidade e a reconstruir o seu projeto de vida, através de uma ação integrada de prevenção, reabilitação e reinserção”, quer desta forma simbólica agradecer a toda a Diocese o significativo contributo que recebeu através da renúncia quaresmal de 2015. Num contexto em que os apoios, nomeadamente os apoios públicos, foram reduzidos, tem sido fundamental sentir o apoio da comunidade diocesana. Com este apoio de 50 mil euros conseguimos continuar a proporcionar tratamento a pessoas de menos recursos, designadamente pessoas em situação de sem-abrigo, e assim fazer face aos cerca de 60 mil euros que foi necessário investir para que ninguém ficasse sem apoio por falta de apoio económico.

A todos e a todas o nosso sincero bem-haja pela vossa confiança e partilha que nos permite ser mais ComUnidade e assim continuar a reconstruir sentidos de vida.

 

Henrique Joaquim, presidente da direção da Comunidade Vida e Paz

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