O Patriarcado de Lisboa divulgou um comunicado onde apela à leitura do relatório trienal (2014-2016) da Cáritas Diocesana de Lisboa, que “certamente esclarecerá os interessados sobre o trabalho” da instituição.

“A Cáritas Diocesana de Lisboa divulgou o seu relatório trienal (2014-2016), com indicações de quantitativos distribuídos, superiores ao que tem aparecido nalguma comunicação social. Indica um conjunto de encargos permanentes com o funcionamento dos seus serviços e o pagamento dos respetivos profissionais. E especifica os seus projetos sociais para o futuro próximo. A leitura do relatório certamente esclarecerá os interessados sobre o trabalho da Cáritas Diocesana de Lisboa, bem como sobre a razão pela qual a sua direção mantém alguma reserva financeira: garantir a sustentabilidade dos serviços e a prossecução de projetos sociais relevantes”, refere o comunicado, publicado no passado dia 18 de março.

Em relação à demora na execução de uma herança a confiar à Cáritas Diocesana de Lisboa, o comunicado reafirma “que, da parte da instituição, assim como do economato diocesano, permanece toda a disponibilidade para dar garantias de ser cumprida a vontade da doadora, sob a natural responsabilidade da Cáritas Diocesana”.

No final, o comunicado relembra que “tudo se refere exclusivamente à Cáritas Diocesana de Lisboa e não à Cáritas Portuguesa ou às outras Cáritas Diocesanas, instituições autónomas ao serviço da causa comum”.

“A atividade que fala por si”

Também a Cáritas Diocesana de Lisboa publicou um novo comunicado, no dia 20 de março, onde sublinha que “vive maioritariamente de donativos”. “Quem lhos confia generosamente sabe que estes são criteriosamente usados no apoio direto a pessoas muito carenciadas”, reforça a nota intitulada ‘A atividade que fala por si’. “Este apoio não se traduz apenas em dinheiro ou no que este possa comprar, nem na quantidade de produtos e equipamentos angariados e dados a quem deles precisa. A Cáritas Diocesana de Lisboa é uma entidade de segunda linha. São muitas as horas gastas no atendimento diário a pessoas, porque ao contrário do que alguém possa supor, a primeira grande necessidade de pessoas a precisar de uma mão, é o de terem alguém que as possa acolher, ouvir, compreender e, sim, ajudar, encaminhando-as para os serviços de proximidade da Cáritas, os grupos sócio caritativos locais, desde logo as Cáritas Paroquiais”, salienta o comunicado, garantindo ainda que “o que veio a público, sendo abusivo e falso, não pode de forma alguma colar aos escândalos a que os meios de comunicação nos têm habituado ultimamente, dando eco à calúnia de quem aparentemente não pretende cumprir uma deixa de uma herança em favor da Cáritas Diocesana de Lisboa, único motivo que gerou a recente agitação mediática”.

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Encerramento da Semana da Cáritas

“O objetivo do ser e do agir da Cáritas é a pessoa humana, enquadrada no seu contexto familiar, numa rede de relações que a identificam”, sublinhou D. Joaquim Mendes, vogal da Comissão Episcopal da Pastoral Social e da Mobilidade Humana, na celebração de encerramento da Semana da Cáritas, que decorreu dia 19 de março, na Paróquia de Agualva-Cacém. Na sua homilia, o Bispo Auxiliar de Lisboa garantiu ainda que a Cáritas é “uma instituição com quem as famílias podem continuar a contar”.