Na Missa de abertura da Visita Pastoral à Vigararia de Oeiras, no Domingo da Epifania, o Cardeal-Patriarca considerou que a Igreja e as comunidades cristãs se devem ver “representados naqueles três Magos, no ouro, no incenso e na mirra”.

Na nova Igreja de São Joaquim e Santana, em Porto Salvo, que foi dedicada em 26 de julho de 2015, D. Manuel Clemente desenvolveu depois cada uma das ofertas dos Magos ao Deus Menino. Sobre o ouro: “Nós estamos aqui, dois mil anos depois, em cada uma das paróquias desta vigararia, e em todas as paróquias e comunidades por esse mundo além, no cumprimento desta realeza de Cristo, oferecendo-lhe o ouro que confessa a sua realeza. Tudo aquilo que nas comunidades cristãs se faz no sentido de projetar a voz de Cristo, transmitindo o seu Evangelho, tudo isso é realeza de Cristo”. No que se refere ao incenso, destacou: “Incenso é confessar, em Jesus Cristo, a sua divindade. Tudo isso significa o nosso acolhimento, a nossa contemplação, a nossa oração. Esse é que é o incenso, do sacerdócio e da oração em que Jesus Cristo nos inclui. As nossas comunidades cristãs têm que ser exercício e oportunidade do exercício sacerdotal de Jesus Cristo. Isto é que é oferecer incenso”. Finalmente, sobre a mirra. “Sabemos que a mirra é sinal da mortalidade, é sinal da nossa fragilidade. Oferecer mirra ao Senhor Jesus, e aliviar ainda antes disso o sofrimento, é o que nós fazemos na ação caritativa. Oferecer mirra ao Senhor é reconhecer a sua fragilidade na fragilidade de tantos irmãos nossos, que precisam que nós continuemos também como aquele Mago, oferecendo a mirra do reconhecimento de Cristo na fragilidade dos irmãos”.

Nesta celebração que decorreu na tarde do dia 5 de janeiro, após o encontro com os párocos e os membros dos Conselhos Pastorais Paroquiais e Conselhos Económicos das 13 paróquias da Vigararia de Oeiras, o Cardeal-Patriarca desafiou os cristãos a “repetir os gestos dos Magos”. “É que o Menino do Presépio, o Senhor da Cruz, continua a estar vivo e à nossa espera. Fazendo tudo isto, temos Epifania, porque é assim que o Senhor Jesus se manifesta no mundo”, garantiu.