Pela sua Saúde |
Boletim médico #2
O seu coração tem o ritmo certo?
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No mês do coração é importante relembrar que as doenças cardiovasculares continuam a ser a principal causa de morte em Portugal e a arritmia cardíaca é uma doença cada vez mais prevalente. Saber identificar sinais de alerta e vigiar regularmente a saúde cardiovascular para evitar complicações é fundamental.

A arritmia cardíaca consiste, essencialmente, numa alteração do ritmo cardíaco que se pode manifestar por batimentos muito rápidos, muito lentos ou irregulares. A fibrilhação auricular (FA) é a arritmia cardíaca mais frequente, afetando 2 a 4% dos indivíduos adultos e a prevalência desta doença aumenta progressivamente com a idade. Acima dos 65 anos aumenta para 10%, o que significa que cerca de um em cada 10 portugueses com mais de 65 anos desenvolve esta arritmia. Com o aumento da esperança de vida, é expectável que esta arritmia se torne cada vez mais frequente.

É também importante destacar que a presença de FA aumenta em cinco vezes o risco de sofrer um Acidente Vascular Cerebral (AVC), pois existe uma maior probabilidade de formação de “coágulos” que podem migrar do coração para o território arterial cerebral e causar uma obstrução e assim um AVC.

Nalguns doentes, a FA causa sintomas muito incapacitantes, como palpitações, falta de ar, cansaço, tonturas ou perda de consciência. No entanto, esta arritmia é muitas vezes silenciosa e não é raro o doente apenas descobrir que sofre de FA, depois de ter um AVC. A avaliação do pulso é a maneira mais simples de vigiar o ritmo cardíaco. Pode ser realizada pelo próprio e permite detetar precocemente batimentos cardíacos irregulares, levantando a suspeita de FA. A confirmação do diagnóstico implica a realização de exames como o eletrocardiograma, Holter (monitorização do ritmo cardíaco durante 24 horas) ou um registador de eventos, em que o ritmo cardíaco é monitorizado por mais tempo. Nos doentes portadores de pacemaker ou outros dispositivos eletrónicos implantáveis, o próprio dispositivo pode permitir o diagnóstico desta arritmia.

À semelhança do que acontece na maior parte das doenças, um diagnóstico precoce é fundamental para o sucesso do tratamento da FA. Quando o diagnóstico é realizado nas fases iniciais desta arritmia, é possível instituir tratamentos que permitem restaurar e preservar o ritmo normal, mas quando o diagnóstico é feito numa fase avançada da doença, o coração já sofreu alterações que podem impossibilitar a restauração do ritmo normal.

Nos últimos anos temos assistido a grandes avanços no diagnóstico das arritmias cardíacas, mas principalmente a grandes avanços tecnológicos na área da intervenção terapêutica que nos têm permitido tratar mais eficientemente e com maior segurança os nossos doentes. É, por isso, fundamental procurar o seu médico para vigiar a sua saúde cardiovascular de forma a evitar complicações.

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