
O Cardeal-Patriarca de Lisboa voltou a apelar à rejeição do aborto e da eutanásia. Na Solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo, a procissão percorreu novamente as ruas da Baixa, com D. Manuel Clemente a benzer a cidade.
“Celebrar a Solenidade de hoje é levá-la à consequência necessária em tudo quanto cada pessoa nos requer, da vida à saúde, do pão à morada, do trabalho ao descanso. Estas mesmas circunstâncias humanas são também divinas, pela presença de Cristo que nos incorpora. É por isso que, juntando de novo a nossa voz à de tantas pessoas e instituições da sociedade civil e diversos credos, que requerem respeito legal e apoio concreto à vida mais frágil, só podemos e devemos rejeitar o aborto e a eutanásia e tudo quanto a tal possa levar, por falta de resposta solidária e pública a quem precisar de apoio e companhia”, referiu o Cardeal-Patriarca, na homilia da Missa do Corpo de Deus.
Na manhã do passado dia 16 de junho, na Sé Patriarcal, D. Manuel Clemente sublinhou que “dizer ‘corpo’ é dizermo-nos a nós e dizermos os outros, com toda a dignidade pessoal de cada um, da conceção à morte natural, saudável ou mais carente de cuidados, inviolável sempre”. “Ninguém desistirá de viver se nós todos, pessoal e comunitariamente, não desistirmos de quem sofre”, considerou. “É sempre do realismo cristão que falamos, nas várias aceções que comporta. Corresponder-lhe mais e concretizá-lo melhor é o sentido da Solenidade de hoje, como esta tarde a levaremos à cidade. Adorar a Cristo no seu corpo eucarístico é fonte abundante de serviço à vida dos que Ele incorpora. Souberam-no e sabem-no os heróis e heroínas da caridade cristã, que graças a Deus não faltaram ontem como não faltam agora e a todos estimulam. Celebremos, adoremos e sirvamos o Corpo de Deus, na constante procissão das vidas”, terminou.