Lisboa |
Patriarca assinala com a comunidade ucraniana os 90 anos do Holodomor
“Que nunca olhemos para Holodomor com indiferença”
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O Patriarca de Lisboa participou, nos Jerónimos, na oração de memória para homenagear as vítimas do Holodomor (Grande Fome) de 1932 e 1933, ocorrido na Ucrânia, lembrando que “somente a força da memória gera a força da esperança”.

“Que nós, e aqueles que nos hão de seguir, nunca olhemos para Holodomor com indiferença”, salientou D. Rui Valério na celebração que decorreu na noite deste sábado, 25 de novembro, na Igreja de Santa Maria de Belém, no Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa. A celebração foi promovida pela Embaixada da Ucrânia em Portugal e contou com a presença do Núncio Apostólico em Portugal, D. Ivo Scapolo, com o Patriarca de Lisboa a lembrar as “vítimas mártires do Holodomor, na súplica e no abandono a Deus”. “Só em Cristo e no Espírito é possível evocar e olhar para esse trágico acontecimento sem sermos nós próprios vítimas de vingança ou de ódio”, considerou D. Rui Valério. Neste sentido, reforçou o Patriarca de Lisboa, “a nossa comunhão com os irmãos e irmãs do Holodomor vivemo-la na memória, com o silêncio e na responsabilidade”. “Somente a força da memória gera a força da esperança. Deixemos que aquelas mulheres e aqueles homens, com os seus rostos, as suas histórias, venham ao nosso coração. Façamos nosso o seu sofrimento. Vivam na nossa consciência e na nossa memória e sintamos que o seu destino dramático é um destino de todos nós”, pediu D. Rui Valério.

O Bispo da Igreja Católica do Rito Bizantino da Ucrânia, D. Stepan Sus, esteve também presente na oração de memória, nos Jerónimos. “Quero-vos agradecer por serem ucranianos conscientes, que sabem a vossa língua, que aprendem o ucraniano. É muita responsabilidade e muita dignidade vestir hoje a camisa bordada ucraniana. Muitos morreram à fome só por estarem com uma camisa bordada ucraniana, só porque falavam ucraniano”, lamentou.

Também a Embaixadora da Ucrânia em Portugal esteve presente na oração de memória, realizada em Lisboa, que deu “as boas vindas” aos “nossos amigos portugueses” e “às representações das embaixadas acreditadas em Portugal”. “A vossa presença é um gesto solidário para com o povo ucraniano na nossa luta pela liberdade, pelo direito para decidir o nosso futuro e os nossos princípios. A tragédia do Holodomor aconteceu, entre outras razões, por que os ucranianos estavam sozinhos. Estou feliz, porque hoje em dia esse não é o caso”, destacou Maryna Mykhailenko.

texto e fotos por Diogo Paiva Brandão
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