Editorial |
P. Nuno Rosário Fernandes
O que podemos fazer pelo prior?
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Do relato sobre o início das atividades do grupo de jovens na paróquia, onde fizeram alguma projeção deste novo ano pastoral e das atividades que vão realizar, chegou-me a informação de que alguns desses jovens terão manifestado uma preocupação e, ao mesmo tempo, uma atitude de grande generosidade: “das muitas coisas práticas que o prior faz, perguntam eles, o que é que nós podemos fazer pelo prior, para que tenha mais tempo para fazer ‘coisas de padre’?” Confesso que me senti interpelado por esta manifestação que senti ser de grande amor à Igreja. Porque nela está a preocupação não apenas pelo padre, pelas missões que lhe estão confiadas e por toda a dificuldade que, tantas vezes, pode haver numa gestão eficaz do tempo, mas está também a preocupação por tudo aquilo que o padre precisa fazer e deve fazer, que é inerente ao seu ministério e que em qualquer momento, por causa do tempo ou pela falta dele, pode falhar. Senti nesta preocupação uma vontade de querer ajudar, de ser parte integrante de uma comunidade que caminha, de ser Igreja em comunhão. Como quem se sente em casa e quer contribuir, ser força viva e participante na casa em que habita. Não ser apenas um habitante, mas ser também quem contribui para a edificação e manutenção da sua casa, sentindo-se, assim, também valorizado.

Creio que é isto que os jovens, hoje, procuram. Eles querem sentir-se em casa, mas participantes. E a Igreja é a sua casa, ou pelo menos assim o deveria ser. Não apenas para os jovens, mas para todos os batizados, mais novos ou mais velhos. Esta semana teve início, em Roma, o Sínodo dos Bispos sobre o tema ‘Jovens, a fé e o discernimento vocacional’. É um tema muito caro ao Papa Francisco e de grande peso e importância para a Igreja, porque, os jovens de hoje são o futuro da Igreja amanhã e, por isso, é preciso perceber o que procuram, com vista a encontrar respostas de uma maior proximidade, levando-os a integrarem-se e descobrirem o seu papel no seio da Igreja.

‘Reconhecer’, a Igreja em escuta da realidade; ‘interpretar’, a fé e o discernimento vocacional; e ‘escolher’ caminhos de conversão pastoral e missionária são os três verbos que vão fazer parte da metodologia de trabalho que os 267 Padres Sinodais, 23 especialistas e 34 auditores jovens, de 18 a 29 anos, vão assumir ao longo deste mês de outubro, no Sínodo dos Bispos.

Porque este é um tema que não suscita polémicas na opinião pública e por isso não faz vender papel, pela sua importância para a Igreja é necessário que seja devidamente acompanhado jornalisticamente. De Portugal, são delegados neste sínodo dois bispos: D. Joaquim Mendes, Bispo Auxiliar de Lisboa e presidente da Comissão Episcopal do Laicado e Família, e D. António Augusto Azevedo, Bispo Auxiliar do Porto e presidente da Comissão Episcopal das Vocações e Ministérios. Assim, com vista a este acompanhamento mais próximo, o Jornal VOZ DA VERDADE integra uma parceria de meios de comunicação social católicos com a Ecclesia, Família Cristã, Flor de Lis e Renascença que vão procurar fazer a cobertura do Sínodo dos Bispos, também com presença no local. Se nos acompanhar já está a contribuir para o êxito deste trabalho conjunto.

 

Editorial, pelo P. Nuno Rosário Fernandes, diretor

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