Na Tua Palavra |
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D. Nuno Brás
Je suis catholique
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Como eu e muitos outros bispos, também o Arcebispo de Rouen estava em Cracóvia quando recebeu a notícia do atentado da passada terça-feira na Igreja de Saint Étienne du Rouvary. Acompanhava algumas centenas de jovens. No dia 26 de manhã, logo que teve conhecimento do sucedido, deixou a Polónia para regressar à sua diocese. “A Igreja Católica não pode tomar outras armas senão a oração e a fraternidade entre os homens. Deixo aqui centenas de jovens que são o futuro da humanidade, a verdadeira. Peço-lhes que não baixem os braços perante as violências, e que se tornem apóstolos da civilização do amor” - escrevia Mons. Dominique Lebrun num comunicado à sua diocese.
É verdadeiramente contrastante o que se passa aqui em Cracóvia com as notícias que chegam de França.
Aqui, a cidade foi invadida por inúmeros grupos de jovens, alegres, que partilham a mesma fé e que fazem a experiência concreta de que viver com Jesus Cristo significa ser capaz de se ultrapassar e às particularidades de cada um para se abrir à realidade maior da Igreja, presente em todas as nações do mundo. Vivem a esperança de um mundo novo. Vivem a certeza de que esse mundo não é uma utopia, um sonho sem sentido ou irrealista, mas algo que já começou. São de facto indiscritíveis estes dias de Jornadas Mundiais da Juventude (estes em Cracóvia, onde ainda se respira a presença de S. João Paulo II, e aqueles outros – que bem recordo – de há 3 anos no Rio de Janeiro). É que também nós, mais velhos, não conseguimos ficar indiferentes (e mesmo com “santa inveja”), perante a visão desta nova humanidade.
Comparado com estas centenas de milhares de jovens, como é diferente e sem futuro, fechado e triste, o caminho dos atentados, do ódio, da morte – o caminho percorrido pelos assassinos de Rouen e por aqueles dos outros actos de morte, terroristas ou não.
Também por contraste, aqui em Cracóvia percebemos melhor aquilo que significa poder dizer, com toda a humildade mas com a firmeza da fé: “Sou católico”. E como o mundo, longe de caminhar para o abismo, tem abertas, diante de si, as portas da esperança, mesmo que nem todos sejam capazes de se abalançar a dizer: “je suis catholique”.
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